Das diversas realidades de organizações que nos procuram, várias relatam problemas com Remuneração.
Sempre afirmam que o processo de remuneração deve ser revisto, que os colaboradores estão desmotivados, insatisfeitos com a política de cargos e salários. Não haver perspectiva de carreira na organização e a gestão por sua vez, que há dificuldades em reter talentos e com isso um turnover excessivo.
No entanto ao me aprofundar um pouco mais nas dificuldades da organização, reparo que não é o processo de remuneração que deve ser revisto.
Nas diversas experiências profissionais pelas quais passei, a remuneração nunca foi a causa do problema, mas o efeito. Falar de remuneração como efeito pode parecer estranho, mas ao analisar sob essa perspectiva fica mais fácil entender a origem do problema.
Entendo, que devemos ser efetivamente remunerados pelas nossas responsabilidades e também pelos resultados das nossas realizações e entregas (produtividade). Esse resultado (performance) deve ser medido no processo de Avaliação.
Havendo na organização um processo de avaliação, com transparência, honestidade e reconhecimento, o discurso de remuneração como problema desaparece.
O processo de Avaliação deve analisar as competências e o desempenho dos trabalhadores, desafiando-os a entregarem resultados, a se desenvolverem e se engajarem com os objetivos da organização, e por consequência medir e determinar a contrapartida desse resultado.
É fundamental que as pessoas entendam seus papeis na organização, a fim de que se tornem estimuladas pelo que fazem e produzem.
O profissional ao se deparar com uma organização que avalia periodicamente, dá feedback de seus resultados, propõe metas e desafios e treina o profissional pensando no seu desenvolvimento pessoal, o discurso de remuneração como problema extingue-se.
Afinal, você só trabalha pelo seu salário?